19. —Depois de muito tempo, o senhor daqueles servos voltou e acertou contas com eles.
20. O servo que tinha recebido cinco mil moedas de prata aproximou-se do seu senhor e, entregando-lhe as outras cinco mil moedas, disse-lhe: “O senhor me deu cinco mil moedas de prata para tomar conta; aqui estão outras cinco mil que ganhei”.
21. —O senhor, então, disse: “Muito bem! Você é um servo bom e fiel! Como você me foi fiel no pouco, eu vou colocá-lo para tomar conta de muitas coisas. Venha participar da minha alegria”.
22. —O servo que tinha recebido duas mil moedas de prata aproximou-se do senhor e disse-lhe: “O senhor me deu duas mil moedas de prata para tomar conta; aqui estão outras duas mil que ganhei”.
23. —O senhor, então, lhe disse: “Muito bem! Você é um servo bom e fiel! Como você me foi fiel no pouco, eu vou colocá-lo para tomar conta de muitas coisas. Venha participar da minha alegria”.
24. —E, finalmente, aquele que tinha recebido mil moedas de prata, aproximou-se do seu senhor e disse: “Eu sei que o senhor é um homem duro, que colhe em campo que não plantou e que ajunta onde não semeou.
25. Fiquei com medo e por isso escondi o seu dinheiro num buraco na terra. Aqui está o seu dinheiro”.
26. —O senhor, porém, lhe disse: “Você é um servo mau e preguiçoso! Não foi você mesmo que disse que colho em campo que não plantei e que ajunto onde não semeei?
27. A sua obrigação, portanto, era ter depositado o meu dinheiro no banco para que eu, quando voltasse, o recebesse com juros.
28. Tirem dele as mil moedas de prata, e dêem-nas ao que já tem dez.
29. Pois aquele que tem receberá ainda mais, e terá muito mais do que realmente precisa; mas aquele que não tem, até o que ele tem lhe será tirado.
30. Quanto a este servo inútil, joguem-no para fora, na escuridão. Ali haverá choro e ranger de dentes”.