12. Depois de conversar com seus conselheiros, Festo disse:—Você apelou para ser julgado por César, para César você irá.
13. Alguns dias depois, o rei Agripa e Berenice chegaram a Cesaréia para cumprimentar a Festo.
14. Como eles permanecessem lá por vários dias, Festo apresentou o caso de Paulo ao rei, dizendo:—Está aqui um homem que foi deixado prisioneiro por Félix.
15. Quando estive em Jerusalém, os líderes dos sacerdotes e os anciãos dos judeus me apresentaram muitas acusações contra ele e pediram que fosse condenado.
16. Eu disse a eles que os romanos não costumam entregar ninguém sem primeiro haver um encontro, frente a frente, entre o acusado e os que o acusam. Dessa forma o acusado tem a chance de se defender das acusações.
17. Eles vieram comigo até aqui e eu não perdi tempo; no dia seguinte, tomei o meu lugar no tribunal e mandei que o homem fosse trazido.
18. Os homens que estavam contra ele se levantaram e começaram a acusá-lo, mas não mencionaram nenhum grande crime, como eu pensei que eles fossem fazer.
19. Ao invés disso eles começaram a discutir com Paulo a respeito de coisas ligadas à religião deles e a respeito de um homem morto chamado Jesus, a quem Paulo afirmava estar vivo.
20. Como eu não sabia o que fazer num caso destes, perguntei a Paulo se ele queria ir a Jerusalém para ser julgado lá a respeito destas coisas.
21. Ele, porém, apelou para ficar em custódia para o julgamento do imperador. Então, eu ordenei que continuasse preso até que eu o enviasse a César.
22. Depois de ouvir estas coisas, o rei Agripa disse a Festo:—Eu gostaria de ouvir esse homem.Ao que Festo disse:—O senhor o ouvirá amanhã.
23. Então, no dia seguinte, Agripa e Berenice chegaram com grande pompa e entraram na sala da audiência juntamente com os comandantes militares e com os homens mais importantes da cidade. Festo mandou que Paulo fosse levado até aquele auditório
24. e depois disse:—Rei Agripa e todos os que estão presentes aqui! Vejam este homem! Toda a comunidade dos judeus, tanto daqui de Cesaréia como da cidade de Jerusalém, recorreu a mim gritando que este homem devia morrer.
25. Eu, entretanto, não acho que ele tenha feito nada que mereça a morte. Ele apelou para ser julgado pelo imperador e eu, então, decidi enviá-lo a César.
26. Eu não tenho nada de concreto para escrever a respeito dele ao soberano. Por isso resolvi trazê-lo diante de todos aqui hoje—e especialmente diante do senhor, rei Agripa, para que, depois do interrogatório, eu tenha alguma coisa para escrever.
27. Pois me parece absurdo mandar um prisioneiro para julgamento sem indicar as acusações feitas contra ele.