3. Os homens põem limites às trevas e exploram até os confins as rochas na escuridão e nas mais densas trevas.
4. Abrem um poço longe das regiões onde habitam, em lugares esquecidos pelo viajantes; distante dos homens, penduram-se e balançam de um lado para o outro.
5. Da terra procede igualmente o pão, mas por baixo é remexida como que pelo fogo;
6. das suas rochas saem safiras, e seu pó contém pepitas de ouro.
7. Nenhuma ave de rapina conhece aquele caminho secreto, e os olhos de nenhum falcão o vislumbraram.
8. Os animais altivos jamais o pisaram, e nenhum leão caminhou por ali.
9. As mãos dos homens atacam os duros rochedos e revolvem as raízes das montanhas.
10. Fazem túneis através das rochas e os seus olhos descobrem todos os tesouros da região.
11. Tapa as nascentes de água, e nem uma gota vaza delas; traz à luz o que estava escondido.
12. Contudo, onde se poderá encontrar a sabedoria? Onde habita o entendimento?
13. O ser humano não é capaz de perceber o valor do saber; afinal, a sabedoria não se encontra na terra dos viventes.
14. O Abismo declara: ‘Não está em minhas entranhas!’ e o Mar afirma: ‘Em meu interior também não se encontra!’.
15. O saber não pode ser comprado com o mais fino ouro, nem será trocado a peso de prata.