2. Declararei a Deus: ‘Não me condenes assim; revela-me, rogo-te, que acusações tens contra a minha pessoa!
3. Tens alguma satisfação em oprimir-me; afinal tu mesmo me criaste, como podes rejeitar a obra de tuas mãos, enquanto sorris com aprovação para o plano dos ímpios?
4. Porventura tens olhos de carne? Enxergas como os mortais?
5. Os teus dias são como o de um frágil ser humano? O tempo e os dias para ti passam do mesmo modo que passam para o homem?
6. Podes investigar se cometi alguma iniquidade, vasculha a minha vida e avalia quais são os meus pecados,
7. ainda que já saibas, com certeza, que não sou ímpio e que ninguém pode me livrar das tuas mãos.
8. De fato, foram as tuas mãos que me teceram e me deram forma. E será possível que agora, essas mesmas mãos, se voltam contra mim a fim de me destruir?
9. Ó Deus, lembra-te de que do barro me moldaste! E agora simplesmente desejas triturar-me e devolver-me ao pó?