15. Os homens de Dedã também negociaram contigo, e muitas regiões costeiras tornaram-se tuas clientes habituais; em troca pagavam suas compras com presas de marfim e madeira nobre de ébano.
16. O povo da Síria comprava os teus muitos produtos e tuas excelentes mercadorias e, em troca, te pagavam com turquesa, esmeralda, tecidos valiosos em púrpura, artesanatos finos bordados, linho de grande qualidade, corais e rubis.
17. Judá e a terra de Israel, igualmente, negociaram contigo; pelos seus bens trocaram trigo de Minit, cidade amonita, confeitos, mel, azeite e bálsamo.
18. E por causa de tuas muitas riquezas, Damasco também negociava contigo, pagando-te com o apreciado vinho branco de Helbon, e fina lã branca de Zaar.
19. Vedã e Javã de Uzal trocavam lã fiada pelas tuas manufaturas; trocavam por ferro polido, cássia e cálamo aromático.
20. Dedã negociava contigo mantos para selar cavalos.
21. A Arábia e todos os príncipes de Quedar eram teus compradores; fizeram negócios contigo e te forneceram cordeiros, carneiros e bodes.
22. Os mercadores de Sabá e Raamá também mantinham relações comerciais contigo; trocavam as melhores de todas as especiarias, as mais belas pedras preciosas e o ouro mais puro por tuas mercadorias.
23. Harã, Cané e Éden e os comerciantes de Sabá, Assur e Quilmade realizavam frequentes negócios contigo.
24. Eles te vendiam roupas de luxo, tecidos azuis e púrpuros, bordados finos, tapetes de várias cores com cordas e cordões bem trançados.
25. Os navios de Társis transportavam os teus bens e produtos. Ó Tiro, quanta carga pesada armazenas no meio dos mares!
26. Teus remadores te conduziram em segurança sobre grandes ondas para o alto mar; todavia, o vento oriental te despedaçará no coração do oceano.
27. Toda a tua riqueza, teus bens, tuas mercadorias, teus marinheiros e teus especialistas em navegação; teus construtores, todos que trabalham e negociam contigo, teus soldados e mercenários, e todos quantos estão a bordo de ti, sucumbirão no coração dos mares no Dia do teu juízo e da tua ruína!
28. Eis que as praias tremerão quando os teus marujos clamarem desesperados.
29. Todos os que são hábeis no manejo dos remos abandonarão as suas embarcações; os marujos e todos os especialistas em navegação não adentrarão ao mar, ficarão na praia.
30. Então exclamarão em alta voz e gritarão com pavor e amargura por tua causa; espalharão pó de terra sobre a cabeça e se revolverão nas cinzas;
31. raparão a cabeça, vestirão panos de saco em sinal de profunda dor, pranto e luto. Chorarão por ti com imensa angústia na alma e com amarga lamentação.
32. Sendo assim, quando estiverem gritando desesperados e pranteando por ti, erguerão este clamor de lamento a teu respeito: ‘Quem em toda a terra chegou a ser reduzida a tal silêncio como Tiro, a bela cidade incrustada no coração dos mares?’
33. Abasteceste e fartaste muitos povos quando tuas mercadorias saiam pelos mares; satisfizeste muitas nações; com tua grande riqueza e a maravilha dos teus bens enriqueceste os reis de toda a terra.