Daniel 4:5-24 King James Atualizada (KJA)

5. E eis que tive um sonho que me abalou profundamente e me deixou alarmado. Estando eu repousando em minha cama, os pensamentos e visões que passaram pela minha mente preocuparam-me sobremaneira e me apavoraram.

6. Por este motivo determinei expressamente que todos os sábios fossem trazidos à minha presença para interpretarem o pesadelo que tivera.

7. Assim que os magos e místicos chegaram, contei-lhes o sonho; no entanto, eles não conseguiram desvendá-lo para mim.

8. Por fim veio Daniel à minha presença e eu narrei a ele o que havia visto. Ele é chamado Beltessazar, em homenagem ao nome do meu deus, Bel; e creio que o espírito dos santos deuses está nele.

9. Então falei com ele: Beltessazar, chefe dos sábios e dos magos, sei que o espírito das santas divindades habita em ti, e que nenhum mistério é difícil demais para que o reveles. Sendo assim, vou contar-te o meu pesadelo; esclarece o seu sentido, pois, para mim.

10. Estas são as visões que me ocorreram quando estava deitado em minha cama: Eis que olhei, e diante de mim estava uma árvore muito alta no meio da terra.

11. A árvore cresceu tanto que a sua copa encostou-se ao céu; e podia ser avistada até os confins da terra.

12. Tinha belas e viçosas folhas, muitos e saborosos frutos, e produzia com tanta fartura que todas as pessoas do mundo podiam se alimentar dela. Debaixo dela os animais do campo encontravam um abrigo aconchegante e seguro, e as aves do céu viviam alegres em seus galhos e ramos; todas as criaturas se sustentavam daquela árvore.

13. Então, nas visões que tive deitado em minha cama, observei e vi claramente diante de mim uma sentinela, um kaddish, santo anjo, que descia do céu.

14. E eis que ele bradou em alta voz: “Derrubai, pois, a árvore! Cortai-lhe os ramos, sacudi todas as suas folhas e espalhai o seu fruto; afugentem-se todas as criaturas abrigadas debaixo dela, e as aves dos seus galhos.

15. Contudo, deixai na terra o tronco com as raízes, presos com uma cinta de ferro e de bronze; fique ele no chão, em meio à relva do campo. Ele será regado pelo orvalho do céu e se alimentará da grama da terra, como os animais.

16. A mente humana lhe será extirpada, e esse tronco será como um animal, até que se passem sete iddâns, tempos ou anos.

17. E esta sentença é, pois, proclamada por sentinelas; os seres angelicais declaram o veredito, a fim de que todos os que vivem saibam que Elah, o Altíssimo domina sobre todos os reinos dos seres humanos e os dá a quem quer, e quando deseja; e pode decidir colocar no poder o mais simples dos homens!”

18. Este, portanto, é o sonho que eu, o rei Nabucodonosor, tive. Agora, Beltessazar, diz-me claramente a correta interpretação deste pesadelo, porquanto nenhum dos sábios do meu reino tem capacidade para interpretá-lo para mim, exceto tu, pois o espírito dos santos deuses vive em ti.

19. Daniel, cujo nome babilônico era Beltessazar, ficou perplexo por algum tempo, e os seus pensamentos o deixaram aterrorizado. Então o rei procurou deixá-lo à vontade, dizendo: “Beltessazar, não te deixes abalar pelo que te foi revelado acerca do meu pesadelo. Não te assustes!” Ao que Beltessazar respondeu: “Ó meu senhor, quem me dera o teu sonho só se aplicasse aos teus inimigos e o seu significado fosse apenas contra os que te odeiam!”

20. A árvore que viste, que desenvolveu e ficou imensa, cuja copa chegava até os céus, e podia ser vista em toda a terra;

21. com folhagem exuberante e generosa em frutos, na qual havia alimento para todos, abrigo para os animais do campo, e morada segura para as aves do céu em seus galhos fortes;

22. essa árvore, ó querido rei, és tu! Foste tu que cresceste e te tornaste grande e majestoso em todo mundo, porquanto o teu poder cresceu até alcançar o céu, e o teu domínio se estende até os confins da terra.

23. E tu, ó majestade, viste também uma sentinela, o ser angelical que descia do céu e ordenava: ‘Derrubai a árvore e destruí-a; porém deixai na terra o resto do tronco com as raízes, presos mediante uma cinta de ferro e de bronze; deixai o tronco no chão, em meio à relva do campo. Ele será molhado com o orvalho que vem do céu, e viverá com os animais selvagens, até que se transcorram sete anos ou períodos de tempo!’

24. Sendo assim, eis a interpretação do teu sonho, ó rei, e este é o decreto que Elah, o Altíssimo, expediu contra vossa majestade, meu senhor:

Daniel 4