22. Revela mistérios profundos e enigmas ocultos; conhece o que jaz nas trevas, e a luz habita nele em todo o seu esplendor.
23. Eu te agradeço e te louvo, ó Elah, Deus dos meus pais, tu me concedeste sabedoria e poder, e me revelaste o que te pedimos, revelaste-nos o preocupante sonho do rei!”
24. Então Daniel foi falar com Arioque, ao qual o rei tinha constituído para matar os sábios da Babilônia e rogou-lhe: “Não mates os sábios da Babilônia! Leva-me, pois, à presença do rei, e eu interpretarei para ele o sonho que teve!”
25. Naquele mesmo momento Arioque levou Daniel ao rei e relatou: “Encontrei entre os exilados de Judá um homem que esclarecerá ao rei o significado do seu sonho!”
26. Então o rei indagou a Daniel: “Podes tu revelar-me o sonho que tive e sua correta interpretação?”
27. E, na presença do rei, Daniel respondeu: “O mistério que o rei exigiu que devesse ser desvendado, nem sábios, adivinhos, magos, astrólogos ou místicos lhe podem revelar;
28. contudo, existe um Deus nos céus capaz de revelar todos os mistérios. Foi Elah, Deus, que mostrou ao rei Nabucodonosor o que acontecerá nos últimos dias. O sonho e as visões que passaram por tua mente quando estavas deitado foram assim:
29. Ó rei, quando estavas repousando em tua cama, começastes a meditar sobre o futuro. Então, Aquele que revela os mistérios te mostrou tudo quanto ocorrerá nos tempos vindouros.
30. E a mim foi esclarecido este mistério, não por ter eu mais sabedoria entre todos os que vivem na terra, mas para que tu, ó rei, saibas a correta interpretação e compreendas todos os pensamentos que passaram pelo teu coração.
31. Ó rei, eis que tu olhaste e viste diante de ti uma grande estátua. E, em tua visão, esta estátua era enorme e impressionante; estava em pé diante de ti, e tinha uma aparência terrível.
32. A cabeça da estátua era feita de ouro puro, o peito e o braço eram de prata, o ventre e os quadris eram de bronze,
33. as pernas eram de ferro, e os pés eram em parte de ferro e em parte de barro.
34. Enquanto estavas contemplando toda a estátua, uma pedra soltou-se , sem auxílio de mãos, atingiu a estátua nos pés de ferro e de barro e os destroçou.
35. Então o ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro vieram abaixo, despedaçados; viraram pó, como o pó que se vê na eira, quando no verão se bate o trigo no terreno para separá-lo da palha. E o vento carregou todos os destroços sem deixar vestígio. Entretanto, a pedra que atingiu a estátua tornou-se uma montanha e encheu a terra toda.
36. Foi esse o sonho que tiveste, e agora, nós o interpretaremos para o rei.