23. E o rei, naquele mesmo instante, prometeu a Simei, sob juramento: “Tu não serás morto!”
24. Mefibosete, neto de Saul, também foi ao encontro do rei. Ele não havia lavado os pés nem aparado a barba, nem mesmo lavado as próprias roupas, desde o dia em que o rei partira até o dia em que regressou em paz e segurança.
25. Quando chegou a Jerusalém para encontrar-se com o rei, este lhe questionou: “Por que não foste comigo, Mefibosete?
26. Ele respondeu: “Ó rei, meu senhor, o meu servo me enganou. Eu, teu servo, sendo deficiente dos pés, ordenei: ‘Selai um jumento para nele montar, pois vou seguir o rei.’ Mas o meu criado me enganou.
27. E ele me difamou perante o rei, meu senhor, entretanto o rei meu senhor é como um anjo de Deus; faz o que bem te parecer.
28. Pois todos os descendentes do meu avô eram dignos de morte diante do rei meu senhor; mas, puseste teu servo entre os que comem à tua mesa. E que direito teria eu de pedir algum outro favor do rei?”
29. Então o rei respondeu: “Tu já explicaste o suficiente. Já decidi: Tu repartirás as terras com Ziba!
30. Então Mefibosete replicou ao rei: Deixa que ele receba tudo, uma vez que o rei meu senhor já voltou em paz à sua Casa.
31. Barzilai, o gileadita, também desceu de Rogelim e atravessou o Jordão com o rei, para acompanhá-lo até o outro lado do rio.
32. Barzilai era idoso, avançado em anos de vida, tinha oitenta anos de idade. Ele havia provido o rei de bens, enquanto este habitou em Maanaim, pois era homem muito rico e generoso.
33. O rei solicitou a Barzilai: “Passa comigo e fica em minha companhia em Jerusalém, e eu cuidarei de ti.
34. Porém, Barzilai respondeu ao rei: “Quantos anos viverei ainda, para que suba com o rei a Jerusalém?
35. Já tenho oitenta anos. Não consigo mais discernir entre o bom e o mau, não sinto mais o sabor dos alimentos nem das bebidas, também não consigo ouvir a voz dos cantores e das cantoras. O teu servo seria apenas mais um peso ao rei meu senhor.
36. O teu servo passará feliz com o rei até um pouco além do Jordão, mas não te preocupes com uma recompensa dessas para comigo.
37. Permite, pois, que o teu servo volte! E que eu possa morrer em paz na minha própria cidade, próximo ao túmulo de meu pai e de minha mãe. Contudo, aqui está o meu servo Quimã. Que ele vá com meu senhor e rei. Faze por ele o que achares melhor!”
38. Então o rei declarou: “Que assim seja! Quimã me seguirá! Farei por ele o que achares melhor. E tudo o mais que desejar de mim, eu o farei por ti meu amigo!”