16. Por isso alguns dos fariseus diziam: Este homem não é de Deus; pois não guarda o sábado. Diziam outros: Como pode um homem pecador fazer tais sinais? E havia dissensão entre eles.
17. Tornaram, pois, a perguntar ao cego: Que dizes tu a respeito dele, visto que te abriu os olhos? E ele respondeu: É profeta.
18. Os judeus, porém, não acreditaram que ele tivesse sido cego e recebido a vista, enquanto não chamaram os pais do que fora curado,
19. e lhes perguntaram: É este o vosso filho, que dizeis ter nascido cego? Como, pois, vê agora?
20. Responderam seus pais: Sabemos que este é o nosso filho, e que nasceu cego;
21. mas como agora vê, não sabemos; ou quem lhe abriu os olhos, nós não sabemos; perguntai a ele mesmo; tem idade; ele falará por si mesmo.
22. Isso disseram seus pais, porque temiam os judeus, porquanto já tinham estes combinado que se alguém confessasse ser Jesus o Cristo, fosse expulso da sinagoga.
23. Por isso é que seus pais disseram: Tem idade, perguntai-lho a ele mesmo.
24. Então chamaram pela segunda vez o homem que fora cego, e lhe disseram: Dá glória a Deus; nós sabemos que esse homem é pecador.
25. Respondeu ele: Se é pecador, não sei; uma coisa sei: eu era cego, e agora vejo.
26. Perguntaram-lhe pois: Que foi que te fez? Como te abriu os olhos?
27. Respondeu-lhes: Já vo-lo disse, e não atendestes; para que o quereis tornar a ouvir? Acaso também vós quereis tornar-vos discípulos dele?
28. Então o injuriaram, e disseram: Discípulo dele és tu; nós porém, somos discípulos de Moisés.
29. Sabemos que Deus falou a Moisés; mas quanto a este, não sabemos donde é.
30. Respondeu-lhes o homem: Nisto, pois, está a maravilha: não sabeis donde ele é, e entretanto ele me abriu os olhos;
31. sabemos que Deus não ouve a pecadores; mas, se alguém for temente a Deus, e fizer a sua vontade, a esse ele ouve.
32. Desde o princípio do mundo nunca se ouviu que alguém abrisse os olhos a um cego de nascença.