8. Ainda que envelheça a sua raiz na terra, e morra o seu tronco no pó,
9. contudo ao cheiro das águas brotará, e lançará ramos como uma planta nova.
10. O homem, porém, morre e se desfaz; sim, rende o homem o espírito, e então onde está?
11. Como as águas se retiram de um lago, e um rio se esgota e seca,
12. assim o homem se deita, e não se levanta; até que não haja mais céus não acordará nem será despertado de seu sono.
13. Oxalá me escondesses no Seol, e me ocultasses até que a tua ira tenha passado; que me determinasses um tempo, e te lembrasses de mim!
14. Morrendo o homem, acaso tornará a viver? Todos os dias da minha lida esperaria eu, até que viesse a minha mudança.
15. Chamar-me-ias, e eu te responderia; almejarias a obra de tuas mãos.
16. Então contarias os meus passos; não estarias a vigiar sobre o meu pecado;
17. a minha transgressão estaria selada num saco, e ocultarias a minha iniqüidade.
18. Mas, na verdade, a montanha cai e se desfaz, e a rocha se remove do seu lugar.
19. As águas gastam as pedras; as enchentes arrebatam o solo; assim tu fazes perecer a esperança do homem.
20. Prevaleces para sempre contra ele, e ele passa; mudas o seu rosto e o despedes.
21. Os seus filhos recebem honras, sem que ele o saiba; são humilhados sem que ele o perceba.