Jeremias 4:13-31 João Ferreira Almeida Atualizada (AA)

13. Eis que vem subindo como nuvens, como o redemoinho são os seus carros; os seus cavalos são mais ligeiros do que as águias. Ai de nós! pois estamos arruinados!   

14. Lava o teu coração da maldade, ó Jerusalém, para que sejas salva; até quando permanecerão em ti os teus maus pensamentos?   

15. Porque uma voz anuncia desde Dã, e proclama a calamidade desde o monte de Efraim.   

16. Anunciai isto às nações; eis, proclamai contra Jerusalém que vigias vêm de uma terra remota; eles levantam a voz contra as cidades de Judá.   

17. Como guardas de campo estão contra ela ao redor; porquanto ela se rebelou contra mim, diz o Senhor.   

18. O teu caminho e as tuas obras te trouxeram essas coisas; essa e a tua iniquidade, e amargosa é, chegando até o coração.   

19. Ah, entranhas minhas, entranhas minhas! Eu me torço em dores! Paredes do meu coração! O meu coração se aflige em mim. Não posso calar; porque tu, ó minha alma, ouviste o som da trombeta e o alarido da guerra.   

20. Destruição sobre destruição se apregoa; porque já toda a terra está assolada; de repente são destruídas as minhas tendas, e as minhas cortinas num momento.   

21. Até quando verei o estandarte, e ouvirei a voz da trombeta?   

22. Deveras o meu povo é insensato, já me não conhece; são filhos obtusos, e não entendidos; são sábios para fazerem o mal, mas não sabem fazer o bem.   

23. Observei a terra, e eis que era sem forma e vazia; também os céus, e não tinham a sua luz.   

24. Observei os montes, e eis que estavam tremendo; e todos os outeiros estremeciam.   

25. Observei e eis que não havia homem algum, e todas as aves do céu tinham fugido.   

26. Vi também que a terra fértil era um deserto, e todas as suas cidades estavam derrubadas diante do Senhor, diante do furor da sua ira.   

27. Pois assim diz o Senhor: Toda a terra ficará assolada; de todo, porém, não a consumirei.   

28. Por isso lamentará a terra, e os céus em cima se enegrecerão; porquanto assim o disse eu, assim o propus, e não me arrependi, nem me desviarei disso.   

29. Ao clamor dos cavaleiros e dos flecheiros fogem todas as cidades; entram pelas matas, e trepam pelos penhascos; todas as cidades ficam desamparadas, e já ninguém habita nelas.   

30. Agora, pois, ó assolada, que farás? Embora te vistas de escarlate, e te adornes com enfeites de ouro, embora te pintes em volta dos olhos com antimônio, debalde te farias bela; os teus amantes te desprezam, e procuram tirar-te a vida.   

31. Pois ouvi uma voz, como a de mulher que está de parto, a angústia como a de quem dá à luz o seu primeiro filho; a voz da filha de Sião, ofegante, que estende as mãos, dizendo: Ai de mim agora! porque a minha alma desfalece por causa dos assassinos.   

Jeremias 4