4. E eis que Boaz veio de Belém, e disse aos ceifadores: O Senhor seja convosco. E disseram-lhe eles: O Senhor te abençoe.
5. Depois disse Boaz a seu moço, que estava posto sobre os ceifadores: De quem é esta moça?
6. E respondeu o moço, que estava posto sobre os ceifadores, e disse: Esta é a moça moabita que voltou com Noemi dos campos de Moabe.
7. Disse-me ela: Deixa-me colher espigas, e ajuntá-las entre os feixes após os ceifadores. Assim, ela veio, e desde a manhã está aqui até agora, a não ser um pouco que esteve sentada em casa.
8. Então disse Boaz a Rute: Não ouves, filha minha? Não vás colher em outro campo, nem tampouco passes daqui; porém aqui te ajuntarás com as minhas moças.
9. Os teus olhos estarão atentos no campo que ceifarem, e irás após elas; não dei ordem aos moços, que não te toquem? Tendo tu sede, vai às vasilhas, e bebe do que os moços tirarem.
10. Então ela caiu sobre o seu rosto, e se inclinou à terra, e disse-lhe: Por que achei graça aos teus olhos, para que faças caso de mim, sendo eu uma estrangeira?
11. E respondeu Boaz, e disse-lhe: Bem se me contou quanto fizeste à tua sogra, depois da morte de teu marido, e deixaste teu pai e tua mãe, e a terra onde nasceste, e vieste para um povo que dantes não conheceste.
12. O Senhor galardoe o teu feito, e seja concedido o teu pleno galardão por parte do Senhor Deus de Israel, sob cujas asas te vieste abrigar.
13. E disse ela: Ache eu graça aos teus olhos, senhor meu, pois me consolaste, e falaste ao coração da tua serva, ainda que eu não seja como uma das tuas criadas.
14. E sendo já hora de comer, disse-lhe Boaz: Achega-te aqui, e come do pão, e molha o teu bocado no vinagre. E ela se assentou ao lado dos ceifadores, e ele lhe deu do trigo tostado, e ela comeu, e se fartou, e ainda lhe sobejou.
15. E levantando-se ela para colher, Boaz deu ordem aos seus moços, dizendo: Até entre os feixes deixai-a colher, e não a censureis.