4. E o rei me disse: Que me pedes agora? Então orei ao Deus dos céus,
5. E disse ao rei: Se é do agrado do rei, e se o teu servo é aceito em tua presença, peço-te que me envies a Judá, à cidade dos sepulcros de meus pais, para que eu a edifique.
6. Então o rei me disse, estando a rainha assentada junto a ele: Quanto durará a tua viagem, e quando voltarás? E aprouve ao rei enviar-me, determinando-lhe eu um certo tempo.
7. Disse mais ao rei: Se ao rei parece bem, deem-se-me cartas para os governadores de além do rio, para que me deem passagem até que chegue a Judá.
8. Como também uma carta para Asafe, guarda do bosque do rei, para que me dê madeira para cobrir as portas do paço da casa, e para o muro da cidade, e para a casa em que eu houver de entrar. E o rei mas deu, segundo a boa mão de Deus sobre mim.
9. Então fui aos governadores de além do rio, e dei-lhes as cartas do rei; e o rei tinha enviado comigo capitães do exército e cavaleiros.
10. O que ouvindo Sambalate, o horonita, e Tobias, o servo amonita, lhes desagradou extremamente que alguém viesse procurar o bem dos filhos de Israel.
11. E cheguei a Jerusalém, e estive ali três dias.
12. E de noite me levantei, eu e poucos homens comigo, e não declarei a ninguém o que o meu Deus me pôs no coração para fazer em Jerusalém; e não havia comigo animal algum, senão aquele em que estava montado.
13. E de noite saí pela porta do vale, e para o lado da fonte do dragão, e para a porta do monturo, e contemplei os muros de Jerusalém, que estavam fendidos, e as suas portas, que tinham sido consumidas pelo fogo.
14. E passei à porta da fonte, e ao tanque do rei; e não havia lugar por onde pudesse passar o animal em que estava montado.
15. Então de noite subi pelo ribeiro, e contemplei o muro; e voltei, e entrei pela porta do vale, e assim voltei.
16. E não souberam os magistrados aonde eu fui nem o que eu fazia, porque ainda nem aos judeus, nem aos nobres, nem aos magistrados, nem aos demais que faziam a obra, até então tinha declarado coisa alguma.
17. Então lhes disse: Bem vedes vós a miséria em que estamos, que Jerusalém está assolada, e que as suas portas foram queimadas a fogo; vinde, pois, e reedifiquemos o muro de Jerusalém, e não estejamos mais em opróbrio.
18. Então lhes declarei como a mão do meu Deus me fora favorável, como também as palavras do rei, que ele me tinha dito. Então disseram: Levantemo-nos, e edifiquemos. E fortaleceram as suas mãos para o bem.
19. O que ouvindo Sambalate, o horonita, e Tobias, o servo amonita, e Gesém, o árabe, zombaram de nós, e desprezaram-nos, e disseram: Que é isto que fazeis? Quereis rebelar-vos contra o rei?
20. Então lhes respondi, e disse: O Deus dos céus é o que nos fará prosperar; e nós, seus servos, nos levantaremos e edificaremos, mas vós não tendes parte, nem direito, nem memória em Jerusalém.