11. Porém vós dizeis: Se um homem disser ao pai ou à mãe: Aquilo que poderias aproveitar de mim é Corbã, isto é, oferta ao Senhor;
12. E nada mais lhe deixais fazer por seu pai ou por sua mãe,
13. Invalidando assim a palavra de Deus pela vossa tradição, que vós transmitistes. E muitas coisas fazeis semelhantes a estas.
14. E chamando a si toda a multidão, disse-lhes: Ouvi-me vós todos, e compreendei.
15. Nada há, fora do homem, que, entrando nele, o possa contaminar; mas o que sai dele, isso é que contamina o homem.
16. Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça.
17. Depois, quando deixou a multidão, e entrou em casa, os seus discípulos o interrogavam acerca dessa parábola.
18. E ele disse-lhes: Assim também vós estais sem entendimento? Não compreendeis que tudo o que de fora entra no homem não o pode contaminar;
19. Porque não entra no seu coração, mas no ventre, e vai depois para a latrina, purificando todos os alimentos?
20. E dizia: O que sai do homem, isso contamina o homem.
21. Porque do interior do coração dos homens saem os maus pensamentos, os adultérios, as fornicações, os homicídios,
22. Os furtos, a avareza, as maldades, o engano, a dissolução, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura.
23. Todos esses males procedem de dentro e contaminam o homem.
24. E levantando-se dali, foi para os termos de Tiro e de Sidom. E entrando numa casa, não queria que ninguém o soubesse, mas não pôde esconder-se,
25. Porque uma mulher, cuja filha tinha um espírito imundo, ouvindo falar dele, foi, e lançou-se aos seus pés;
26. E essa mulher era grega, de origem sirofenícia, e rogava-lhe que expulsasse de sua filha o demônio.