20. Anunciai isto na casa de Jacó, e fazei-o ouvir em Judá, dizendo:
21. Ouvi agora isto, ó povo tolo, e sem coração, que tendes olhos e não vedes, que tendes ouvidos e não ouvis:
22. Porventura não me temereis? diz o Senhor; não temereis diante de mim, que pus a areia por limite ao mar, por estatuto eterno, o qual não transpassará? Ainda que se levantem as suas ondas, contudo não prevalecerão; ainda que bramem, contudo não a transpassarão.
23. Porém este povo é de coração rebelde e obstinado; já se rebelaram e se retiram.
24. E não dizem no seu coração: Temamos agora ao Senhor nosso Deus, que dá chuva, a temporã e a tardia, ao seu tempo; e as semanas determinadas da ceifa nos conserva.
25. As vossas iniquidades desviam essas coisas, e os vossos pecados apartam de vós o bem.
26. Porque ímpios se acham entre o meu povo; cada um anda espreitando, como se acaçapam os passarinheiros; armam laços perniciosos, com que prendem os homens.
27. Como a gaiola está cheia de pássaros, assim estão cheias de engano as suas casas; por isso se engrandeceram, e enriqueceram.
28. Engordam, ficam lustrosos, e sobrepujam até os feitos dos malignos; não julgam a causa do órfão, todavia prosperam; nem julgam o direito dos necessitados.
29. Não castigaria eu por essas coisas? diz o Senhor; não se vingaria a minha alma de uma nação como esta?
30. Coisa espantosa e horrenda se anda fazendo na terra.