29. Dizendo: Peço-te que me deixes ir, porquanto a nossa família tem um sacrifício na cidade, e meu irmão mesmo me mandou ir; se, pois, agora tenho achado graça aos teus olhos, peço-te que me deixes partir, para que veja meus irmãos; por isso não veio à mesa do rei.
30. Então se acendeu a ira de Saul contra Jônatas, e disse-lhe: Filho da perversa rebelde; não sei eu que elegeste o filho de Jessé, para vergonha tua e para vergonha da nudez de tua mãe?
31. Porque todos os dias que o filho de Jessé viver sobre a terra nem tu serás firme, nem o teu reino; pelo que manda trazer-mo agora, porque é digno de morte.
32. Então respondeu Jônatas a Saul, seu pai, e lhe disse: Por que ele há de morrer? Que fez?
33. Então Saul atirou-lhe a lança, para o matar; assim entendeu Jônatas que já seu pai tinha determinado matar Davi.
34. Pelo que Jônatas, todo encolerizado, se levantou da mesa; e no segundo dia da lua nova não comeu; porque ficara muito sentido por causa de Davi, porque seu pai o tinha humilhado.
35. E aconteceu, pela manhã, que Jônatas saiu ao campo, ao tempo que tinha combinado com Davi, e um moço pequeno com ele.
36. Então disse ao seu moço: Corre a buscar as flechas que eu atirar. Correu, pois, o moço, e ele atirou uma flecha, que fez passar além dele.
37. E chegando o moço ao lugar da flecha que Jônatas tinha atirado, gritou Jônatas atrás do moço, e disse: Não está porventura a flecha mais para lá de ti?
38. E tornou Jônatas a gritar atrás do moço: Rápido, apressa-te, não te demores. E o moço de Jônatas apanhou as flechas, e voltou a seu senhor.
39. E o moço não entendeu coisa alguma, só Jônatas e Davi sabiam deste assunto.
40. Então Jônatas deu as suas armas ao moço que trazia, e disse-lhe: Anda, e leva-as à cidade.