11. Até desafiou o comandante do exército do céu, acabando com as ofertas diárias que lhe eram oferecidas e destruiu o santuário.
12. O povo pecava por não apresentar as ofertas diárias devidas; a religião verdadeira estava por terra. Aquele chifre apresentava-se cada vez mais vitorioso.
13. Então ouvi um santo perguntar ao outro: “Estas coisas que vi em visão, por quanto tempo vão continuar? Por quanto tempo este horrível pecado substituirá as ofertas diárias? Por quanto tempo será espezinhado o exército do céu e o santuário?”
14. Ouvi o outro santo responder: “Assim será por duas mil e trezentas tardes e manhãs. Depois o santuário será purificado.”»
15. «Procurava eu, Daniel, descobrir o significado daquela visão, quando subitamente alguém apareceu diante de mim.
16. Ouvi uma voz que chamava das bandas do rio Ulai: “Gabriel, explica-lhe o significado do que ele viu.”
17. Quando Gabriel se aproximou de mim, fiquei cheio de medo e caí no chão. Ele disse-me: “Procura compreender, ó homem, o significado daquilo que viste. A visão diz respeito ao fim dos tempos.”
18. Enquanto ele falava comigo, adormeci profundamente com o meu rosto voltado para o chão. Mas ele segurou-me e pôs-me de pé outra vez,
19. dizendo: “Vou-te mostrar as consequências da ira de Deus. A visão refere-se ao fim dos tempos.
20. O carneiro que tu viste, e que tinha dois chifres, representa os reinos da Média e da Pérsia.
21. O bode simboliza o reino da Grécia e o chifre proeminente entre os seus olhos representa o seu primeiro rei.
22. Os quatro chifres que apareceram, quando o primeiro foi quebrado, representam os quatro reinos em que essa nação será dividida e que não serão tão fortes como o primeiro reino.
23. Quando se aproximar o fim desses reinos, e a sua maldade for tão grande que devam ser castigados, surgirá um rei tirano e astuto.
24. Será poderoso à custa dos outros. Sairá vitorioso em todos os seus empreendimentos e estará na origem da terrível destruição de nações poderosas e do próprio povo dos santos.