11. Todavia ensinam que se alguém tiver bens para ajudar o pai ou a mãe, mas declarar esses bens como oferta exclusiva a Deus,
12. nesse caso, já o dispensam da obrigação de ajudar o pai ou a mãe.
13. Desta maneira, anulam a palavra de Deus trocando-a pelas tradições que receberam dos vossos pais. E fazem muitas outras coisas deste género.»
14. Jesus chamou outra vez o povo para lhe dizer: «Escutem todos e procurem compreender.
15. Não são as coisas que entram numa pessoa que a tornam impura, mas sim as que saem dela.
16. Quem tem ouvidos, preste atenção!»
17. Quando Jesus se despediu da multidão e voltou para casa, os discípulos perguntaram-lhe o que é que ele queria dizer com aquela parábola.
18. E ele explicou-lhes: «São assim tão incapazes de compreender? Então não veem que não é o que pessoa ingere que a pode tornar impura?
19. Porque isso não lhe entra na alma, mas vai para o estômago e depois sai.» Jesus mostrou com isto que todos os alimentos são próprios para comer.
20. E disse mais: «Aquilo que vem de dentro das pessoas é que as torna impuras.
21. Do seu íntimo vêm os maus pensamentos e tudo o que as leva à imoralidade, ao roubo, ao crime,
22. ao adultério, à avareza, à malícia, à mentira, à devassidão, à inveja, à calúnia, ao orgulho e à loucura.
23. Todos esses males vêm do íntimo das pessoas e é isso que as torna impuras.»
24. Saindo dali, Jesus foi para os arredores da cidade de Tiro. Entrou numa casa e não queria que ninguém soubesse onde ele estava. Mas não conseguiu esconder-se.
25. Uma certa mulher, que tinha uma filha com um espírito mau, ouviu falar de Jesus, procurou-o e foi ajoelhar-se aos seus pés.
26. Ela era estrangeira de origem fenícia. Pediu a Jesus que expulsasse da filha o espírito mau,