20. Mas nós adoramos apenas o nosso Deus e, portanto, esperamos que ele não nos rejeite, nem a nós nem a qualquer pessoa do nosso povo.
21. Pois, se o inimigo tomar a nossa cidade, conquistará também toda a região da Judeia e levará tudo o que há no templo de Jerusalém; e Deus far-nos-á pagar com as nossas vidas a profanação do templo.
22. O inimigo matará muitos dos nossos irmãos, levará outros como prisioneiros e arrasará a nossa terra, e Deus culpar-nos-á por tudo isso. Seremos prisioneiros em países pagãos e as pessoas dali vão rir-se e troçar de nós.
23. A nossa escravidão não nos trará nada de bom; pelo contrário, o Senhor, nosso Deus, fará com que seja uma desonra para nós.
24. E agora, meus irmãos, vamos servir de exemplo para os da nossa terra, pois a vida deles depende de nós, e o que vai acontecer com o santíssimo lugar, com o templo e com o altar depende de nós também.
25. O Senhor, nosso Deus, está a pôr-nos à prova, como fez com os nossos antepassados, e devemos agradecer-lhe isso.
26. Lembrem-se do que Deus fez com Abraão, e de como pôs Isaac à prova, e do que aconteceu com Jacob na Mesopotâmia da Síria, quando estava a tomar conta das ovelhas de Labão, que era seu tio materno.
27. Deus não se está a vingar de nós, nem nos está a fazer passar por uma prova de fogo tão dura como aquela pela qual passaram os nossos antepassados. É para corrigir os que o adoram que o Senhor os castiga.»
28. Uzias respondeu: «Tens razão, Judite; tudo o que dizes é verdade e ninguém pode negar isso.
29. Esta não é a primeira vez que mostras a tua sabedoria; desde que eras menina, todos nós temos notado como és inteligente e ajuizada.
30. Mas o povo está a morrer de sede e forçou-nos a dizer o que dissemos e a fazer uma promessa que não podemos quebrar.
31. Ora por nós, pois és piedosa, e pede ao Senhor que mande chuva para encher os nossos reservatórios. Então ficaremos fortes de novo.»