3. Talvez o povo dê ouvidos e deixe de fazer o mal. Se assim acontecer, mudarei a minha intenção de os destruir por causa da sua maldade.
4. Diz, portanto, a esse povo, da minha parte: “Eu, o Senhor, faço-vos saber que devem obedecer-me e cumprir os meus mandamentos.
5. Devem dar ouvidos às mensagens dos meus servos, os profetas, que vos envio continuamente. Mas vocês não o fazem.
6. Por isso, farei deste templo o que fiz com Silo. E, para todas as nações, esta cidade será símbolo de maldição.”»
7. Os sacerdotes, os profetas e todo o povo ouviram Jeremias proferir estas coisas no templo,
8. e mal tinha acabado de proclamar o que o Senhor lhe ordenara, prenderam-no e gritaram: «Mereces a morte!
9. Por que afirmaste em nome do Senhor que acontecerá a este templo o mesmo que a Silo e que esta cidade será destruída e ficará deserta?» Então o povo aglomerou-se à volta de Jeremias.
10. Quando as autoridades de Judá ouviram o que tinha acontecido, saíram apressadamente do palácio real e foram ao templo e colocaram-se junto à porta Nova.
11. Então os sacerdotes e os profetas dirigiram-se às autoridades e ao povo, nos seguintes termos: «Este homem merece ser condenado à morte, porque profetizou contra a nossa cidade. Ouviram-no com os vossos próprios ouvidos.»
12. Então Jeremias respondeu às autoridades e ao povo: «O Senhor enviou-me a proclamar tudo o que ouviram contra o templo e contra esta cidade.
13. Devem mudar a vossa maneira de viver e a vossa conduta e obedecer ao Senhor, vosso Deus. Se o fizerem, ele mudará de atitude e evitará a destruição que tinha anunciado.
14. Quanto a mim, estou nas vossas mãos! Podem fazer-me o que quiserem.
15. Mas uma coisa vos asseguro: se me matarem, serão culpados de matar um homem inocente, e o castigo cairá sobre vós e sobre a vossa cidade. Pois foi realmente o Senhor que me enviou para vos comunicar estes avisos e ameaças.»
16. Em seguida, as autoridades e o povo disseram aos sacerdotes e aos profetas: «Este homem falou-nos em nome do Senhor, nosso Deus; não merece ser condenado à morte.»