4. Cairás tão baixo que a tua vozparece vir das profundezas da terra,a tua palavra mal se percebe debaixo do chão.Será como a voz dum fantasma saído da terra,cuja mensagem mal se percebe do fundo da cova.
5. A multidão dos teus inimigosserá como uma nuvem de poeira,e a multidão dos teus agressorescomo uma nuvem de flocos de palha.Mas logo a seguir, de imprevisto,
6. o Senhor do Universo virá em teu auxílio,por meio duma grande trovoada,tremores de terra e grande tumulto,com furacões, vendavais e chamas devoradoras.
7. A multidão dos povos que te combatia, Ariel,os que te atacavam, assediavam e sitiavam,desapareceram como se fosse um sonhoou como uma visão na noite.
8. Acontecerá à multidão das nações que lutam contra Siãoo que acontece ao homem esfomeado,que sonha estar a comer,mas acorda de estômago vazio,ou ao homem cheio de sede,que sonha estar a beber,mas acorda de garganta seca.
9. Pasmem, fiquem espantados,fiquem cegos, deixem de ver;embriaguem-se, sem ser de vinho,cambaleando, sem ter bebido.
10. Foi o Senhor que vos mergulhounum estado profundo de sonolência:fechou os vossos olhos, isto é, os profetas,e cobriu as vossas cabeças, isto é, os videntes.
11. A revelação destes acontecimentos é para vós como o texto dum livro selado. Entregam-no a alguém que saiba ler e pedem-lhe: «Lê-o, por favor!» Mas ele responde: «Não posso, porque está selado!»
12. Então entregam-no a alguém que não sabe ler, e pedem-lhe: «Lê tu, por favor», mas ele responde: «Não sei ler.»