9. Tiago, Pedro e João, que eram os mais considerados, reconheceram que Deus me tinha confiado esta missão e deram-nos as mãos, a mim e a Barnabé, em sinal de acordo. E assim, concordámos em que nos dirigíssemos aos não-judeus, e eles aos judeus.
10. Só nos recomendaram que nos lembrássemos dos pobres, coisa que eu sempre tenho procurado fazer.
11. Mas quando Pedro foi a Antioquia, resisti-lhe frontalmente, porque merecia ser repreendido.
12. Com efeito, antes de terem chegado certas pessoas do grupo de Tiago, ele comia com os não-judeus. Mas quando chegaram essas pessoas, ele afastava-se e já não comia com eles, porque tinha medo dos partidários da circuncisão.
13. Outros crentes de origem judaica caíram na mesma hipocrisia de Pedro e até o próprio Barnabé se deixou levar por essa atitude hipócrita.
14. Quando vi que não estavam a comportar-se como deviam em relação à verdade do evangelho, disse a Pedro, diante de todos: «Tu, que és judeu, tens vivido como os que não são judeus, sem seguir os costumes judaicos. Como é que então queres obrigar os não-judeus a seguir os costumes judaicos?»
15. Nós somos judeus por nascimento e não somos pecadores como os não-judeus.
16. Sabemos porém que uma pessoa não é justificada pelo cumprimento da lei mas por meio da fé em Jesus Cristo. Ora nós cremos em Jesus Cristo para sermos justificados pela fé e não por termos feito o que a lei manda. Pois ninguém será justificado perante Deus por cumprir a lei.
17. Então se, procurando ser justificados pela nossa união com Cristo, somos considerados pecadores como esses tais, quer isso dizer que é Cristo promotor de pecado? De modo nenhum.
18. Se volto a construir aquilo que tinha destruído, então mostro-me culpado.
19. Morri no que respeita à lei. Foi a mesma lei que me fez morrer para eu viver para Deus. Estou crucificado com Cristo.