15. Tal como os instrumentos feitos por mão humana se quebram e perdem a utilidade, assim são esses deuses, colocados nos seus templos.
16. Os seus olhos cobrem-se de pó, que é levantado pelos pés de quem entra no templo.
17. Do mesmo modo que se tranca a cela da prisão para um homem condenado à morte, por ter ofendido o rei, os sacerdotes protegem o templo com portas pesadas, fechaduras e trancas, para impedir os ladrões de o pilhar.
18. Os sacerdotes acendem mais lamparinas para os deuses do que para si mesmos; mas esses deuses não podem ver nenhuma delas.
19. São como uma viga do templo cujo interior é corroído, segundo dizem, por bichos da terra que os devoram juntamente com as suas roupas, sem que eles o percebam.
20. Os seus rostos estão negros por causa do fumo que há no templo.
21. Morcegos, andorinhas e outros pássaros voam sobre os seus corpos e as suas cabeça, e os gatos também lhes saltam por cima.
22. Assim podem ter a certeza de que eles não são deuses verdadeiros; portanto, não tenham medo deles.
23. Esses deuses foram folheados a ouro para ficarem bonitos; mas, se ninguém os polir da ferrugem, não brilham. E, quando estavam a ser fundidos nas forjas, nada sentiam.
24. Custaram um elevado preço, mas não são capazes de respirar.