2 Macabeus 4:21-37 a BÍBLIA para todos - Edição Interconfessional (BPT09D)

21. Quando Apolónio, filho de Menesteu, foi enviado ao Egito para assistir à coroação do rei Filometor, Antíoco soube que este se lhe tornara hostil, e ficou preocupado com a sua segurança. Por isso, foi a Jope e de lá dirigiu-se a Jerusalém.

22. Magnificamente recebido por Jasão e pela cidade, nela foi honrado à luz dos archotes e com aclamações, após o que marchou para a Fenícia.

23. Três anos depois, Jasão enviou Menelau, irmão de Simão, acima mencionado, para levar dinheiro ao rei e concluir assuntos urgentes em agenda.

24. Menelau, ao apresentar-se diante do rei, elogiou-o pela sua imagem de autoridade e conseguiu a nomeação para o sumo sacerdócio, com a promessa de uma oferta de mais dez mil e quinhentos quilos de prata do que Jasão dera.

25. Munido das credenciais régias, regressou a Jerusalém sem nada meritório para o cargo de sumo sacerdote. Tinha, pelo contrário, um espírito tirano cruel e a fúria de uma fera selvagem.

26. E assim Jasão, que por suborno suplantara o seu próprio irmão, foi por seu turno suplantado por outro homem e constrangido a fugir para a terra de Amon.

27. Quanto a Menelau, ocupou o cargo de sumo sacerdote, mas não pagou ao rei a quantia que tinha prometido,

28. a despeito das solicitações de Sóstrato, o comandante da cidadela a quem competia a gestão financeira. Por este motivo, foram ambos convocados e chamados à presença do rei.

29. Menelau deixou o seu irmão Lisímaco a substituí-lo como sumo sacerdote; Sóstrato, por seu turno, fez-se substituir por Crates, que comandava os cipriotas.

30. Enquanto tudo isto acontecia, os habitantes de Tarso e de Malos revoltaram-se porque as suas cidades tinham sido dadas de presente a Antióquide, concubina do rei.

31. O rei foi acalmar a situação, deixando Andrónico, um dos seus dignitários, a substituí-lo.

32. Menelau, julgando que era a ocasião favorável, roubou alguns objetos de ouro do templo e fez deles presentes a Adrónico; outros vendeu-os em Tiro e nas cidades vizinhas.

33. Onias, ao tomar conhecimento preciso deste facto, refugiou-se num lugar seguro em Dafne, que ficava perto de Antioquia, e acusou Menelau.

34. Então Menelau falou em particular com Andrónico e insistiu com ele para que matasse Onias. Andrónico foi falar com Onias. Este convencido, por uma promessa falsa, a recebê-lo, deu-lhe um aperto de mão com juramento e, embora estivesse desconfiado, deixou-se persuadir a sair do seu refúgio. Imediatamente Andrónico o matou, sem o menor respeito pela justiça.

35. Por este motivo, não somente os judeus como também muitos cidadãos de outras nacionalidades ficaram indignados e revoltados com a morte injusta daquele homem.

36. Quando o rei voltou da região da Cilícia, os judeus da cidade, juntamente com muito gregos que também abominavam o crime, foram falar com ele acerca do assassínio de Onias cometido sem qualquer razão.

37. O rei, muito triste e cheio de compaixão, chorou ao lembrar-se do bom senso e da grande moderação do falecido.

2 Macabeus 4