3. O próprio Seleuco, rei da Ásia, pagava do seu próprio dinheiro todas as despesas necessárias para o serviço dos sacrifícios.
4. Ora, um certo Simão da tribo de Benjamim, que tinha sido nomeado administrador do templo, entrou em conflito com o sumo sacerdote a respeito da administração do mercado da cidade.
5. Não podendo convencer Onias, Simão foi ter com Apolónio, filho de Társeas, que naquela época era chefe militar da Celessíria e da Fenícia.
6. Contou-lhe que o tesouro de Jerusalém estava cheio de incontáveis riquezas, de sorte que o seu montante era incalculável, que não pertenciam ao orçamento dos sacrifícios e que era possível trazê-las para o controlo real.
7. Apolónio reuniu-se com o rei e informou-o a respeito das riquezas que lhe tinham sido denunciadas. O rei nomeou Heliodoro, seu ministro, e enviou-o com instruções para a confiscação das referidas riquezas.
8. Heliodoro saiu imediatamente, aparentemente para visitar as cidades da Celessíria e da Fenícia; na verdade, porém, ia cumprir a ordem do rei.
9. Chegado a Jerusalém, foi cordialmente recebido pelo sumo sacerdote. Deu conta das informações que recebera e expôs o motivo da sua visita, perguntando se a história correspondia à verdade.
10. O sumo sacerdote explicou-lhe que uma parte do depósito era das viúvas e dos órfãos, somando no total catorze mil quilos de prata e sete mil quilos de ouro, ao contrário das calúnias feitas pelo ímpio Simão.
11. A outra parte pertencia a Hircano, filho do Tobias, homem que ocupava uma posição muito elevada.