7. Mas Judas estava completamente confiante e cheio de esperança no socorro do Senhor.
8. Animou os seus homens a não terem medo do ataque dos povos não-judeus, pois tinha presente na sua mente as ajudas e auxílios recebidos, no passado, do céu, e exortava-os a esperarem a vitória que o Todo-Poderoso lhes daria.
9. Encorajou-os com citações da lei e dos livros dos profetas e recordou-lhes as batalhas que já tinham travado e restaurou-lhes o entusiasmo.
10. Depois de lhes ter despertado o ânimo, deu-lhes ordens, apontando-lhes ao mesmo tempo a má-fé dos não-judeus e a transgressão dos juramentos que faziam.
11. Armou cada um dos seus homens não com a segurança de escudos e lanças, mas com o encorajamento dado com as nobres palavras, e contou-lhes um sonho digno de confiança, uma espécie de visão que os fez animar.
12. A visão foi a seguinte: Onias, que fora sumo sacerdote, homem de bem e de caráter, modesto no aspeto, gentil no trato, eloquente e elegante no discurso, desde criança exercitado na prática de todas as virtudes, de mãos estendidas orava por toda a comunidade judaica.
13. Então viu igualmente aparecer um homem distinto, nos cabelos brancos e no esplendor, de uma preeminência admirável.
14. Tomando a palavra, Onias disse: «Este é um homem que ama os seus irmãos e ora muito a favor do povo e da cidade santa, Jeremias, o profeta de Deus.»
15. Jeremias estendeu a mão direita e entregou uma espada de ouro a Judas e, ao dar-lha, disse-lhe:
16. «Recebe esta espada sagrada, presente de Deus, com a qual destruirás os teus inimigos.»