2 Macabeus 15:20-38 a BÍBLIA para todos - Edição Interconfessional (BPT09D)

20. Enquanto todos esperavam que se tomasse a decisão, os inimigos encontravam-se, os exércitos punham-se em ordem de batalha, os elefantes estavam nas suas posições estratégicas, e os cavaleiros posicionavam-se ao longo dos dois lados dos soldados de infantaria.

21. O Macabeu avaliou a multidão que se aproximava, a variedade do seu arsenal e o aspeto terrível daqueles animais, e estendeu em seguida as mãos para o céu e invocou o Senhor, que opera prodígios, sabendo que não é pela força, mas conforme entende, que ele concede a vitória aos que a merecem.

22. Judas orou a Deus com as seguintes palavras: «Tu, ó soberano, tu enviaste o teu anjo a Ezequias, rei de Judá, e ele matou cento e oitenta e cinco mil homens do exército de Senaquerib.

23. Então agora, ó poderoso rei do céu, envia um anjo bom para espalhar medo e perturbação entre os nossos inimigos.

24. Que com o teu forte braço sejam destruídos aqueles homens blasfemos que vêm lutar contra o teu povo santo.» E assim terminou a sua oração.

25. Nicanor e os seus homens avançaram ao som de trombetas e marchas de guerra.

26. Mas Judas e os seus soldados atiraram-se contra os inimigos, com invocações e orações.

27. Lutando com as mãos e orando a Deus nos seus corações, os judeus mataram não menos de trinta e cinco mil soldados, grandemente se alegrando com tal manifestação de Deus.

28. Terminada a lida e regressando eles cheios de alegria, reconheceram Nicanor caído no chão, com a sua armadura.

29. E entre gritos de confusão, louvaram o Soberano na língua da sua pátria.

30. Judas, que com toda a força do seu corpo e da sua alma tomava a iniciativa a favor do seu povo e que desde a juventude conservava a afeição para com os seus compatriotas, ordenou que cortassem a cabeça e o braço de Nicanor até ao ombro e os levassem para Jerusalém.

31. Quando lá chegou, convocou os seus compatriotas, dispôs os sacerdotes em frente do altar e mandou chamar os que se encontravam na cidadela.

32. Exibiu a cabeça do perverso Nicanor, e o braço que aquele infame tinha arrogantemente estendido contra a santa casa do Todo-Poderoso.

33. Cortou também a língua daquele ímpio e disse que a daria em pedaços aos pássaros e que, como pagamento pela sua loucura, o penduraria diante do templo.

34. Todos se viraram para o céu e bendisseram ao Senhor glorioso, dizendo: «Bendito seja aquele que conservou puro o seu templo!»

35. Prendeu Judas, pendurou a cabeça de Nicanor na cidadela, como sinal evidente e visível para todos da ajuda do Senhor.

36. Todos votaram a favor de que aquele dia não ficaria por assinalar, mas que seria comemorado no dia treze do décimo segundo mês — o mês de Adar, em aramaico — dia antes da festa de Mardoqueu.

37. Assim se passou o episódio de Nicanor. E como desde essa ocasião a cidade se encontra na posse dos hebreus, eu igualmente termino o meu relato.

38. Se ele estiver bem e adequadamente composto, era justamente o que eu queria. Mas se for imperfeito e medíocre, fiz o melhor que pude.

2 Macabeus 15