6. Salomão tinha quarenta mil manjedouras para os cavalos dos seus carros e doze mil cavalos de sela.
7. Os doze intendentes do rei forneciam todas as provisões necessárias a Salomão e aos seus convidados; cada um deles era responsável pelas provisões de um mês em cada ano, procurando que nunca faltasse nada.
8. E levavam também, aonde fosse preciso, cevada e palha para os cavalos e os animais de tiro.
9. Deus concedeu a Salomão sabedoria, uma grande inteligência e uma compreensão tão profunda como as areias nas praias do mar.
10. Salomão ultrapassou em sabedoria todos os sábios do Oriente e todos os sábios do Egito.
11. Era o mais sábio de todos os homens. Mais sábio do que Etan, o ezraíta, e do que Heman, Calcol e Darda, filhos de Maol; e a sua fama espalhou-se por todos os povos vizinhos.
12. Pronunciou três mil provérbios e compôs mil e cinco poemas.
13. Dissertou sobre as árvores, desde o cedro do Líbano até ao hissopo que cresce nos muros; dissertou também sobre os animais, as aves, os répteis e os peixes.
14. De todos os países vinham pessoas ouvir a sabedoria de Salomão; vinham da parte de todos os reis da terra que tinham ouvido falar da sua sabedoria.
15. Quando Hiram, o rei da cidade de Tiro, ouviu que Salomão tinha sido consagrado rei em lugar de David, seu pai, enviou-lhe os seus embaixadores, pois Hiram sempre fora amigo de David.
16. Salomão mandou então dizer ao rei Hiram:
17. «David, meu pai, como sabes, não pôde construir um templo consagrado ao Senhor, seu Deus, porque os seus inimigos não cessavam de o atacar; finalmente, o Senhor colocou os seus inimigos debaixo dos seus pés.
18. A mim porém o Senhor, meu Deus, concedeu-me a paz por todo o lado e não tenho inimigos nem problemas graves.
19. Por isso, decidi construir um templo consagrado ao Senhor, meu Deus. O Senhor disse, um dia, a David, meu pai: “O teu filho, que hei de tornar teu sucessor, é que construirá um templo consagrado a mim.”
20. Dá, por isso, ordens para que me cortem cedros do Líbano. Os meus servos ajudarão os teus e eu pagarei o que me pedires pelo salário dos teus servos, pois sabes muito bem que não há entre nós ninguém que saiba cortar madeira tão bem como os fenícios.»